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Calypso é citada como modelo de negócios…

Chris Anderson: camelôs brasileiros são a vanguarda do capitalismo


O jornalista inglês Chris Anderson, 49 anos, editor-chefe da revista “Wired”, acha que os camelôs brasileiros estão na vanguarda do capitalismo e que inventaram um modelo de negócios perfeito para vencer as crises do século XXI. É o que ele diz no livro "Free", em que analisa a economia digital para provar que o futuro dos negócios na internet tem um “preço radical”: a oferta gratuita de produtos e serviços. Anderson acredita que a rede habituou novas gerações de consumidores a terem acesso gratuito a informações e que o Google é a empresa modelo dos novos tempos do capitalismo: oferta de serviços gratuitos para milhões de usuários online e lucros vindos da cobrança de anúncios que aparecem nas buscas feitas por internautas. O livro menciona o Brasil e a China como grandes laboratórios da economia gratuita em mercados emergentes. Na entrevista exclusiva com Anderson que O Globo e este blog publicam amanhã, o jornalista explica sua visão do presente da economia digital e do futuro das redes sociais na internet. Nest post, duas das
respostas de Anderson:
Não é uma contradição para alguém que fez do trabalho da internet uma profissão defender a idéia de que empresas e profissionais deveriam oferecer serviços e produtos gratuitos para aumentar os lucros?
CHRIS ANDERSON: Sim, é um paradoxo, temos a impressão de que oferecer algo de graça é algo que se opõe ao lucro. Todos fazem a pergunta: quem vai pagar a conta? Mas o Google é um caso exemplar da economia do gratuito e não pesa na conta do seu cartão de crédito… Muitos alegam que o Google perde muito dinheiro com o YouTube, mas ninguém repara que graças ao YouTube o Google tem hoje uma audiência mundial para mensagens de texto e de video. E até quando o público de TV tradicional migrar definitivamente para a internet, o YouTube vai estar pronto para ele. O mercado sonha com o que é gratuito: consumidores livres, num mercado livre, querem produtos e serviços gratuitos.
O seu livro “Free” menciona Brasil e China como as fronteiras da economia gratuita, por causa da força da pirataria e dos camelôs de rua. No caso brasileiro, a Banda Calypso é citada como um modelo de negócios. O senhor considera que os camelôs brasileiros são um modelo de

negócios para o futuro do capitalismo?
CHRIS ANDERSON: Bem, a Banda Calypso não é o único modelo existente hoje para a indústria de música, mas é certamente um modelo de negócios muito interessante ara pensar sobre a força do gratuito. Eu fiquei impressionado ao andar por São Paulo e ver que a banda permitia que os camelôs vendessem seus CDs e DVDs a um custo tão baixo que era na prática gratuito… A banda Calypso prefere ganhar dinheiro em shows e o gesto de dar CDs e DVDs ao público ajudou a popularizar o nome da banda e fazer dos shows de música tecnobrega um gênero comercialmente viável. Portanto, os camelôs brasileiros e a Banda Calypso são um exemplo de como a economia do gratuito está sendo desenvolvida em economias emergentes.
Para ver a matéria completa acesse:
http://oglobo.globo.com/blogs/ny/

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